8.8.07

Porto Seguro

..."-mamãe, você sabia que eu tenho um elefante? Ele tem duas trombas!
-Noossa! Eu quero ver seu elefante!
-Ele fugiu.
-Mamãe, você sabia que eu tenho um gatinho? Mas ele também fugiu...
- Mamãe, eu também tenho um Elmo (Vila Sésamo) mas ele foi embora.
Todo mundo foi embora então, Theo?
-Foi.
E quem é a pessoa que nunca vai embora, e que sempre vai estar ao seu lado?

... uma pequena pausa na resposta me fez pensar se ele iria conseguir fazer uma associação dessas. Derepente

-É a mamãe!!!!!!
Fiquei tão feliz! Ele realmente entende que eu estou sempre com ele, ainda mais nesta fase de sua vida, fase esta que me tirou um pouco dele!

Theo passou a chegar da escolinha e a relatar suas brigas com a Juju (não é a sua, Mic!).
-"Mamãe, a Júlia me bateu hoje
-filho você não deixa ela te bater. Fale que não pode, que é feio, mas se ela bater mesmo assim você se defenda!
-eu defendi. Eu dei um chuto nela!
Comecei a pensar se essas brigas eram de verdade ou se eram fantasia. Mas o comportamento do Theo mudou um pouco.
Ele aprendeu a ter minha atenção fazendo coisas que eu não deixo. Uma forma eficaz de fazer com que eu largue o que estou fazendo para ir até a ele? Não deixar a babá escovar seus dentes se jogando no chão, ou se recusando a vestir o uniforme ou a tomar banho. Outra fórmula infalível: Não almoçar!
Tomei algumas atitudes. Disse que ele não iria almoçar na mesa com a mamãe mais, que ele iria almoçar na cadeirinha dele, que estava guardada a tempos.
Funcionou. Ele pediu para almoçar na mesa e se comportou muito bem!
Aprendeu a colocar língua, a chamar a babá de feia e boba quando ela vai buscá-lo na escolinha.
Fui conversar com a psicóloga da escola. Foi muito bom.
Vimos que a vida do Theo mudou muito do início do ano para cá.
Nascimento da Manu, mudança de babá, troca de escolinha de natação. É muito para um menininho de dois anos.
Fora isso, parece que esta idade é a mais difícil, ainda mais para meninos, que testam limites a toda hora!
Fase do não e do porque, um desafio para os pais.
Ela ficou de me mandar um trecho de um livro que fala sobre isto, com algumas dicas e truques (gostei desta palavrinha) de como lidar com esta fase. Colocarei aqui assim que receber estas preciosas informações.
Ela me falou que ele é muito inteligente e que percebe sua estratégia de ter minha atenção e me aconselhou a não dar importância a certas atitudes, e que eu deixasse a babá dar conta de realizar as tarefas de rotina, sem minha interferência. Além disso eu devo pontuar as boas ações, elogiando e premiando, não com presentes materiais, mas com momentos juntos, passeios, para ele entender que o bom comportamento é que consegue trazer minha atenção. é claro que eu não vou ser passiva com todo mal comportamento, mas as bobagens eu devo deixar para lá, não dar importância.
Ontem ele abriu o pote de biscoitos, antes do jantar, e pegou um, sabendo que não pode. Foi até meu quarto me desafiar. Eu não respondi à provocação e ele não repetiu a desobediência.
Quando a babá foi buscá-lo na escolinha ele disse: eu não vou mais te xingar, eu gosto de você!
Foi ótimo e parece que as mudanças estão sendo positivas.
Tirando isso fiquei toda boba, pois a psicóloga me elogiou, disse que eu estava indo muito bem (depois de questionar se a gravidez da Manu foi planejada. Ela não deve ter acreditado que eu seria doida o bastante para ter um bebê justamente na época dos dois anos do Theo), me aconselhou a organizar horários do dia para o Theo (e dizer a ele que esse é o seu horário com a mamãe), para a Manu, para o trabalho, para a casa e para o marido, ufa!
Eu devia ter ido nesta psicóloga antes!


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